Este equipamento, por si, não faz jus à experiência efectiva de uma visita.
A casa, rústica com mais de um século, esconde memórias de várias gerações que a souberam preservar. Memórias com gente dentro.
O interior preservado, não exigiu muito aos seus proprietários, que souberam deixar cada um dos antigos móveis e objectos no local certo, fazendo perpetuar as conversas à lareira, o cheiro da lenha crepitante que aguarda no fundo do velho escano a sua vez para ser transformada em calor, que nos aquecerá a alma. A nós e ao Gaspar que saltita de colo em colo mostrando como se ronrona a preceito.
Um dos quartos, mal se arrastam os reposteiros para dar entrada à luz do exterior, mostra por detrás dos móveis uma preciosidade que pude apreciar pela primeira vez. Paredes pintadas à mão, reproduzindo fielmente painéis de mármore rosa. O soalho de madeira range, como se cada passo quisesse contá-los.
Os proprietários, prestáveis e afáveis, são autênticos cicerones da sua região, Deixo uma menção especial para a D. Sílvia, que com grande simpatia nos preparou um excelente pequeno almoço de degustação dos sabores locais. Do acolhimento, da estadia, do conforto e do asseio, nada a apontar para o padrão. A nossa experiência não poderia ser mais bem sucedida. Recomendo.