Como apreciadores que somos da zona do Douro, desta vez optamos por marcar estadia em Baião, um local mais desconhecido para nós mas curiosamente bem mais perto do Porto do que os habituais destinos de eleição.
Acabamos por vir parar à Casa da Lavande’eira, pois quando se vê tantas críticas positivas nas plataformas digitais habituais, o pensamento óbvio é que alguma coisa de positivo teria que ter! E tinha, até bem mais do que seria de esperar...
Começando pela chegada, dificilmente poderia ter sido melhor - ao invés do que acontece nos hotéis, em que normalmente somos recebidos por um(a) recepcionista com um discurso decorado que lhe foi imposto na formação, aqui fomos recebidos pela simpática proprietária, a Alexandra Leite, que nos mostrou a quinta e todas as curiosidades, desde o acesso “secreto” à capela, passando pela história do vitral, até ao belo museu de carros e motas clássicos.
Mas o momento alto foi quando chegamos à margem do rio Ovil, no passeio que demos pela quinta. Foram criados passadiços e escadas de acesso a um rio maravilhosamente transparente e ruidoso, em que nem faltam umas pequenas quedas de água. E logo ali ficou a vontade de numa próxima oportunidade experimentar as pequenas casas de madeira frente ao rio (estas casas abrem na época mais quente) ou as fantásticas casa suspensas ainda em construção, que acredito que virá a ser um projecto de referência. Quando chegamos tínhamos um chá e um bolo acabado de fazer para o lanche!
De realçar também a casa principal, impecavelmente recuperada e bastante confortável, com quartos espaçosos, confortáveis e climatizados. E com total liberdade de movimentos por toda a casa, a fazer-nos sentir que estávamos na casa de fim de semana de Baião... Nota também para o apoio e simpatia da D. Ana, senhora nascida e criada ali em Ancede e que é uma espécie de caseira da casa.
No exterior, uma enorme piscina, belos jardins e um sossego em que nem os carros se ouvem a passar na estrada principal.
Tem também um espaço dedicado a eventos, ficando a garantia que quando há casamentos a casa não está disponível para hóspedes externos ao casamento, o que é de aplaudir - só quem nunca levou com um casamento num fim de semana planeado para o sossego é que não aprecia esta regra.
Quanto à restauração, não faltam no concelho de Baião excelentes opções a preços muitos contidos.
A conclusão é que certamente voltaremos a fazer esta hora de viagem para passar um fim de semana em sossego.