Não confundir São José do Cabo, refinado e mais exclusivo, com Cabo de São Lucas, tido como "a Cancún do Pacífico", que recebe público estilo spring-breakers. Também cuidado pra não cair no esquema do táxi, a única empresa no aeroporto cobra mais de 1000MEX para um percurso de pouco mais de 8km! Uber é a opção de deslocamento na região e a corrida não dá mais que 300MEX; contudo, o cliente tem de andar uns 400m até a parte externa do aeroporto, pois os carros do aplicativo não têm permissão de pegar passageiros lá. Não tem outra opção, de ônibus não dá e não existem táxis rodando nas ruas... O hotel fica afastado do centro e foi feito para se desligar totalmente de tudo, oferecendo para tanto toda a infra-estrutura necessária a um preço bastante elevado, o que só realça sua exclusividade. São prédios diferentes e categorias diferentes de apartamento; quanto mais perto do mar e mais alto, obviamente mais caro. Poder dormir e acordar com as fortes ondas quebrando na areia e com os passarinhos cantando nas palmeiras são alentos para a conta salgada ao final da estadia - se possível, reserve a suíte frente-mar, é sensacional, ampla, convidativa, elegante, e vale só pela varanda em L, que cobre tanto o mar quanto as montanhas, ou seja, tanto o sol nascendo quanto ele se pondo! A estrutura central do hotel tem a recepção, a lanchonete, uma lojinha de conveniências, os salões de eventos e os restaurantes; o spa, kids' club e outros serviços se encontram em outras partes do complexo. A conciergeria nunca respondeu ao pedido de informações sobre o transfer do aeroporto através do próprio aplicativo da rede, uma falha enorme e que se repete com outros hóspedes. In loco, também se percebeu um certo distanciamento, quase um desdém de quem deveria estar sempre atento ao hóspedes, suas queixas e necessidades. Se não fosse a presença e ação de Julio, o Embaixador Bonvoy da unidade, a estadia, que começou com uma falha grotesca e indesculpável, teria sido catastrófica. Há um ar blasê inaceitável na recepção muito bem representado pela péssima funcionária Maria, muito provavelmente a causadora dos transtornos iniciais e posteriormente corrigidos por Julio e equipe do hotel. Um hóspede de um hotel 6 estrelas, tenha ele estatuto Titânio ou não, jamais pode ficar em pé na área da recepção por mais de 5min sem que os próprios recepcionistas ou a conciergeria se dignifique a buscar saber do que se trata. E fingir desconhecimento ou esquecimento do nome do hóspede por ela prejudicado é de uma petulância indesculpável. Colegas de outros setores constantemente reclamam de terem de corrigir falhas advindas da recepção e conciergeria - faz-se urgente uma reunião com os chefes de cada setor para identificar de onde parte o problema e como corrigir, para que afete o hóspede o mínimo possível. E mais, o setor de Reservas não pode deixar de se atentar a detalhes determinantes, como data da confirmação da reserva, estatuto do hóspede no programa da rede, histórico/reservas futuras do hóspede (perfil), dentre outros aspectos, quando for alocar um quarto, ou se pode pôr tudo a perder bem na hora em que o encantamento deveria acontecer - o poder de um hóspede insatisfeito jamais deve ser subestimado! Toda a equipe é muito atenciosa e sensível, desde a camareira Rosita e Reymundo de serviços gerais, passando por Luis e Moisés do restaurante e por Ricardo e David (maleiro e segurança), chegando a René, Carlos e Julio de hierarquia mais alta. Falta ao hotel um maior treinamento sobre o que hóspedes experientes já conhecem e obviamente esperam de uma unidade deste porte, por isso certos erros, por mais que aparentemente pequenos, são inaceitáveis. Que bom que as ações tomadas refletiram humildade e conseguiram reverter as péssimas impressões que os fatos ocorridos logo nas primeiras horas da chegada deixaram. A internet funciona bem e em todos os cantos do hotel. As suítes frontais têm seus próprios roteadores. Pena que ainda se insista em conexões diárias, ao invés de se programar o acesso ao tempo de estadia do hóspede ou então lhe dar uma semana inteira conectado. Por que não ter tomadas universais? Isso daria ao hotel um ar cosmopolita e aberto ao mundo, não apenas restrito ao "universo" canadense e estadunidense! Será que o hotel só quer estar preso a esse público? Até por conta dele, fica infelizmente difícil ver um ações comprometidas com a situação pandêmica que ainda vivemos. Máscaras são disponibilizadas se solicitadas, mas a excessiva maioria dos hóspedes se recusa a usar o artefato corretamente, colocando em risco a saúde deles mesmos e de quem faz a coisa certa. Pena que o hotel somente empodera o pessoal do restaurante para que se recuse a atender quem não esteja de máscara, sendo que o mesmo poder deveria ser dado a todos os colaboradores. A gerência deveria ser mais contundente em impiedosamente cobrar quem está trabalhando a favor do vírus, ao invés de ser condescendente com quem tem o conhecimento do que está errado e insiste em não fazer o certo. Justamente por isso, parabéns a Dafne! São várias as piscinas e de vários tamanhos, inclusive uma com água salgada, e com certeza se vai encontrar um cantinho pra se relaxar, tomar sol ou somente descansar. Pena que alguns hóspedes insistam no hábito deselegante de reservar cadeiras com toalhas e fazer reuniões ao telefone ao lado da piscina, o que deixa claro que dinheiro não compra boas maneiras! O café da manhã é servido no restaurante Uá, do qual, com sorte, se pode avistar baleias e filhote entre novembro e março: se ouviu o sino, olhe pro oceano! Os outros restaurantes têm seus horários e cardápios específicos; há avaliações detalhadas de cada um já disponíveis. A praia é pública e perfeita para caminhadas, mas sob nenhuma hipótese é para banho, não só pela água de gelada, principalmente pelas fortes ondas, correnteza violenta e águas-vivas. O esclarecimento se faz necessário, já que muita confusão e até discussão houve e há sobre o tema: o Club Griffin é exclusivo, nada tem a ver com o programa Bonvoy e só tem acesso a ele quem reservar os quartos que o incluem. Mudanças estão por vir mas, por enquanto, é assim que funciona. Em suma, a experiência de visitar Los Cabos foi excelente, ainda mais tendo sido nesse JW Marriott, muito bem planejado e construído para elevar elegância ao máximo. Não tivesse sido por Maria, a nota seria máxima; que bom ter aparecido Julio para pôr as coisas em seus devidos lugares, níveis e estatutos. Espera-se que o ocorrido na estadia tenha mais do que apenas embaraçado a gerência, mas que sirva de alerta para uma urgente revisão no tratamento dos hóspedes (de estatuto) e na postura principalmente da Recepção e Conciergeria, ambas com várias reclamações aqui. Uma vez isso corrigido, o hotel poderá, de fato, merecer a nota máxima para a qual tanto se esmera.…