Eu e minha namorada chegamos a Nápoles com o Navio Norwegian Epic ao porto Molo Beverello logo pela manhã e saímos andando pelo porto que é bem movimentado até a avenida Via Cristoforo Colombo em direção ao Castelo Castel Nouvo aonde tiramos fotos e pegamos um ônibus Hop on Hop off.
A primeira parada do ônibus foi na Piazza del Gesu Nuovo com o imponente monumento central a Guglia dell'Immacolata. também chamado obelisco dell'Immacolata. Na praça vemos 2 importantes igrejas históricas. A igreja de Gesù Nuovo e o Complesso Monumentale di Santa Chiara.
A basílica de Santa Chiara, ou mosteiro de Santa Chiara, é um interessante complexo de edifícios de culto católico bem importante na cidade. Ela tem sua entrada pela via Benedetto Croce, no lado nordeste da piazza del Gesù Nuovo, em frente à igreja del Gesù Nuovo e adjacente à Igreja das Clarissas, formando com esta igreja o complexo monástico de Santa Clara.
É a maior basílica gótico - angevina da cidade, com um mosteiro com 4 claustros. Escavações arqueológicas na área encontraram várias outras salas que albergam o Museu da Ópera, o coro das freiras, com restos dos afrescos de Giotto, um grande refeitório, a sacristia e outros ambientes da basílica.
Encomendado por Roberto de Anjou e sua esposa Sancia de Maiorca. A construção iniciou em 1310 e foi concluida em 1328. O culto foi iniciado em 1330 dedicado a Santa Chiara em 1341. A igreja, construída em estilo gótico provençal angevino, com trabalhos de alguns dos mais importantes artistas da época, como Tino di Camaino e Giotto (afrescos sobre Episódios do Apocalipse e Histórias do Antigo Testamento no coro das freiras). Junto a basílica, foi construída uma clausura para os frades menores, que mais tarde se tornou a igreja das Clarissas.
Entre 1742 e 1796 foi extensivamente modificada com obras de Francesco de Mura, Sebastiano Conca e Giuseppe Bonito e execução do piso de mármore, que ocorreu em 1762. Durante a Segunda Guerra Mundial, um bombardeio aliado em 1943 provocou um incêndio que durou quase dois dias que destruiu parcialmente alguns dos interiores da igreja e causou a perda de todos os afrescos pintados no século 18 e grande parte daqueles pintado por Giotto durante a construção do edifício, do qual apenas alguns fragmentos sobreviveram. Em 1944 começaram as obras de reconstrução da basílica. As obras de restauração concentraram-se na arquitetura medieval que havia permanecido intacta pelos bombardeios, restaurando a basílica à sua aparência original do século 14 sem restaurar as adições do século 18.
As obras terminaram definitivamente em 1953 e a igreja foi reaberta ao público. As esculturas sobreviventes, após a reconstrução, foram transferidas para as salas do mosteiro, hoje Museo dell'Opera, enquanto as tumbas monumentais, em sua maioria reais, que caracterizavam a basílica permaneceram no local, embora algumas delas fortemente danificadas.
A basílica de Santa Chiara ergue-se com a entrada constituída por um grande portal gótico do século 14, em arco rebaixado e luneta sem ornamentos, com lajes de pedra piperno. A frente da igreja é cercado por um muro alto. A fachada tem uma estrutura em 2 águas e é antecedida com 3 arcos ogivais, o central dos quais enquadra a porta de entrada em mármore vermelho e amarelo com as armas de Sancha. No topo, ao centro, encontra-se a rosácea.
À esquerda da igreja ergue-se a torre sineira do século 14, cujas obras foram iniciadas em 1338 mas imediatamente interrompidas, com um terço da sua conclusão após a morte de Roberto de Anjou, em 1343, aonde acabou o financiamento das obras. Ela foi reiniciada no início do século 15, após o terremoto de 1456 em estilo barroco, sendo concluída em 1604. A torre sineira tem planta quadrangular em 3 ordens separadas por cornijas de mármore. Enquanto a ordem inferior tem revestimento em blocos de pedra, as 2 superiores são em tijolo com pilastras de mármore, toscana na inferior e jônica na superior. Entre o segundo e o terceiro nível existem frisos decorados com símbolos litúrgicos franciscanos. Parece que a torre deveria ter 5 andares que ou não foram construídos ou se em alguma das reconstruções se perdeu as últimas 2 ordens. Entre a base e o primeiro nível existem 4 inscrições angevinas em todas as fachadas da torre sineira em grandes letras góticas, narram a história da fundação da basílica de 1310 a 1340. O interior é caracterizado por uma escada em caracol que conduz à cobertura.
Mais uma igreja católica histórica e seu complexo muito interessante.